fridas campesinas

Na zona rural, uma biblioteca voltada para elas pretende romper fronteiras

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Foto: Eduardo Ramos (Diário)

Valorização feminina na zona rural e no mundo. É o que propõe um grupo formado majoritariamente por mulheres, entre elas donas de casa, agricultoras, artesãs e aposentadas que vivem na localidade de Campo da Pedra, Interior do município de Dilermando de Aguiar. No último domingo, elas inauguraram uma biblioteca antecipando a data alusiva ao Dia Internacional da Mulher, celebrado hoje.

O espaço - um imóvel até então ocioso à beira de uma estrada de chão batido - ganhou cor, prateleiras de livros, uma rede de ajuda e troca de informações e infinitas possibilidades que fomentem romper fronteiras geográficas e culturais.

- A ideia central é levar o empoderamento para mulheres em qualquer espaço: na periferia, no Centro, no meio urbano e também rural. Em todos os lugares. Onde tiver mulheres estaremos lá, porque 8 de Março é um dia de luta, não um dia de comemorar. É dia te entender que ainda temos um bom caminho pela frente - salienta a enfermeira e professora universitária Martha Souza, que é uma das idealizadoras do movimento.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Eduardo Ramos (Diário



O local onde ocorrerão os encontros, cerca de 40 km de Santa Maria, foi sede da antiga Escola Napoleão Cezimbra, onde muitas integrantes do grupo já estudaram. São cerca de 50 mulheres de diferentes faixas etárias. Embora a maioria tenha atividades domésticas e ligadas ao campo, algumas exercem outras funções na área urbana. O mesmo grupo, que já vem há algum tempo unido já desenvolveu um projeto de reflorestamento na comunidade e fez uma viagem e á Gramado, na Serra Gaúcha, na companhia dos filhos. Para muitas, foi a primeira viagem da vida.


style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">Projeto busca doação de absorventes a mulheres em vulnerabilidade social


É para proporcionar novas experiências que a biblioteca por meio da leitura e de roda de conversas permite ampliar horizontes.
Já no primeiro encontro, em que a vida da Maria da Penha que originou lei homônima foi discutida entre as participantes, relatos de vivências, medos e afetos foram compartilhados. Noções da legislação e dúvidas foram esclarecidas pela advogada Gabriela Cezimbra, que também é membro do grupo.

A ideia é que as reuniões sejam quinzenais, intercaladas entre aulas de pinturas - que incluem os filhos das participantes - e momentos de leitura e reflexão, sobretudo de escritoras mulheres sobre os mais diversos temas: cultura, segurança, acesso à saúde e direitos básicos, empreendorismo e lazer. Também estão ente os planos, novos projetos que envolvam voluntariado como de alfabetização para mulheres adultas da comunidade.

- É estimular a autonomia dessas mulheres para unir, proteger, informar e salvar - completa Martha.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Eduardo Ramos (Diário)



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